/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/1/O/FqCKxTQZSQ1OzVwrxBzw/whatsapp-image-2021-04-05-at-14.58.56.jpeg)
Prostitutas fazem manifestação por vacina em Belo Horizonte — Foto: Cida Vieira/Arquivo Pessoal
‘Queremos ser incluídas como grupo prioritário’, diz presidente da Associação das Prostitutas de Minas Gerais (Aprosmig), Cida Vieira.
Na Guaicurus, rua da zona boêmia de Belo Horizonte, profissionais do sexo protestaram na manhã desta segunda-feira (5) por inclusão nos grupos prioritários que estão recebendo vacinas contra a Covid-19. Elas pedem ao Ministério da Saúde e à prefeitura pela chance de já se imunizarem.
"Trabalho sexual leva comida para nossos filhos", dizia um dos cartazes levados por elas.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/e/6/5km2PmSweo4NkNcguSvw/whatsapp-image-2021-04-05-at-14.58.54.jpeg)
Profissionais do sexo prostestam por vacina — Foto: Cida Alves/Arquivo pessoal
Cerca de três mil mulheres cis e trans trabalham nos hotéis da zona boêmia. Eles estão proibidos de funcionar, desde o dia 17 de março, com a implementação da "onda roxa" que estabeleceu medidas mais restritivas no estado para conter o avanço da Covid-19. Por causa disso, muitas estão se arriscando nas ruas para trabalhar.
Na tentativa de chamar a atenção do poder público para inclusão nos grupos prioritários, quase duas mil prostitutas de Belo Horizonte paralisaram suas atividades na semana passada.
/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2016/10/10/museu_das_putas_2.jpg)
Hotéis da zona boêmia de Belo Horizonte — Foto: Ricardo Pessetti/Divulgação (Imagem cedida por Bruno Faria)
"Nossa profissão é de risco. Muitas estão afastadas com medo”, disse a presidente da Associação das Prostitutas de Minas Gerais (Aprosmig), Cida Vieira.
Segundo Cida, a vacina é fundamental para que elas possam voltar ao trabalho com segurança.
"A sociedade hipócrita precisa dos nossos serviços, mas nos repele. Muito preconceito e estigma. O que aumentou com a pandemia”, disse ela.
Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte informou que "segue as orientações do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, do Ministério da Saúde. O município não tem autonomia para alterar as ordens de público prioritário indicadas pelo Ministério da Saúde, tendo assim que seguir as regras informadas para a imunização".
O Ministério da Saúde disse que a "seleção dos grupos prioritários para a imunização contra a covid-19 foi baseada em princípios da Organização Mundial da Saúde (OMS), discussões com especialistas no âmbito da Câmara Técnica Assessora em Imunização e Doenças Transmissíveis e feita em acordo com entidades como o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Com o avanço da vacinação, outros grupos prioritários serão contemplados".
Benefício e doações
Muitas profissionais do sexo tinham conseguido o auxílio emergencial de R$ 600 no ano passado. Agora, elas tentam receber o novo benefício, menos da metade do disponibilizado no ano passado.
A Aprosmig está recebendo doações de cestas básicas, materiais de higiene pessoal e fraldas.
Por G1 Minas Gerais