
Presidente do União Brasil disse ter prometido ao ex-juiz federal somente a candidatura pelo estado de São Paulo

O presidente do União Brasil, Luciano Bivar (foto em destaque), afirmou jamais ter prometido que o ex-juiz federal Sergio Moro (União Brasil) seria o candidato da sigla a presidente da República nas eleições deste ano.
Moro se lançou como pré-candidato ao Palácio do Planalto após se filiar ao Podemos, em novembro de 2021. Cinco meses depois, contudo, trocou o partido pelo União Brasil, que nasceu da junção entre DEM e PSL.
Apesar da notoriedade, o ex-juiz também carrega uma série de controvérsias: divulgação de dados sigilosos durante a condução da Lava Jato, acusações de desvios de conduta, envolvimentos políticos, contratação pela empresa Alvarez & Marsal (que presta consultoria a empresas envolvidas na Lava Jato) e acusações de corrupçãoRafaela Felicciano/Metrópoles

Sergio Fernando Moro, nascido em 1972, é ex-juiz, ex-ministro da Justiça, ex-professor, advogado e político brasileiro. Natural de Maringá, no Paraná, Moro é pré-candidato à Presidência da República pelo partido Podemos (PODE)Rafaela Felicciano/Metrópoles

Em 1995, Sergio Moro se formou em direito na Universidade Estadual de Maringá e, mais tarde, cursou mestrado e doutorado na Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde também exerceu carreira acadêmica até 2012 Andre Borges/Esp. Metrópoles

Durante a carreira, atuou em diversos casos, como o escândalo do Banestado, e a Operação Farol da Colina; foi juiz auxiliar no STF, e assessorou a ministra Rosa Weber durante o julgamento do mensalão, mas foi após atuar na Operação Lava Jato que ele ganhou notoriedade no Brasil e no mundo Rafaela Felicciano/Metrópoles

Em 2017, Sergio Moro condenou o ex-presidente Lula a 9 anos e 6 meses de prisão por crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro. A sentença, no entanto, foi posteriormente anulada pelo STF, e Moro foi acusado de agir com parcialidade no julgamento. Como consequência, o ex-ministro teve todos os atos do processo anulados e Lula se tornou elegívelReprodução

Em novembro de 2018, Moro pediu exoneração da magistratura e, em 1º de janeiro de 2019, assumiu o controle do Ministério da Justiça e Segurança Pública, no governo BolsonaroRafaela Felicciano/Metrópoles

Em 24 de abril de 2020, no entanto, o ex-juiz pediu demissão do cargo de ministro, após Bolsonaro exonerar o diretor-geral da Polícia FederalRafaela Felicciano/Metrópoles

Desde então, a relação entre Sergio Moro e Bolsonaro foi de mal a pior. O ex-juiz, inclusive, tornou-se forte oposição ao governo de Bolsonaro e, desde que deixou a magistratura e o Ministério da Justiça, passou a advogar e atuar como consultor para empresas privadasAndre Borges/Esp. Metrópoles

Casado com Rosangela Wolff de Quadros Moro e pai de dois filhos, Moro se filiou ao partido Podemos no dia 10 de novembro de 2021 e se lançou pré-candidato à Presidência da República Fábio Vieira/Metrópoles

No decorrer da carreira, ganhou inúmeros prêmios no Brasil e no exterior. Um deles foi o da revista Time, que o considerou uma das cem pessoas mais influentes do mundo. A Bloomberg o considerou o 10º líder mais influente do planeta e, em 2019, o jornal britânico Financial Times o elegeu uma das 50 pessoas de destaque do mundo. Sergio foi o único brasileiro a ser mencionadoFábio Vieira/Metrópoles

Apesar da notoriedade, o ex-juiz também carrega uma série de controvérsias: divulgação de dados sigilosos durante a condução da Lava Jato, acusações de desvios de conduta, envolvimentos políticos, contratação pela empresa Alvarez & Marsal (que presta consultoria a empresas envolvidas na Lava Jato) e acusações de corrupção Rafaela Felicciano/Metrópoles

Sergio Fernando Moro, nascido em 1972, é ex-juiz, ex-ministro da Justiça, ex-professor, advogado e político brasileiro. Natural de Maringá, no Paraná, Moro é pré-candidato à Presidência da República pelo partido Podemos (PODE)Rafaela Felicciano/Metrópoles
“Ao tomar sua decisão [de filiar-se ao União Brasil], ele [Moro] estava ciente de que em nenhum momento a legenda para a disputa presidencial lhe fora prometida”, disse Bivar, em mensagem enviada a um grupo de apoiadores do ex-juiz.
“O que foi conversado e prometido foi abertura para sua contribuição na construção de uma alternativa à polarização e, claro, a opção de candidatar-se em São Paulo para o cargo que quiser, onde certamente terá sucesso”, prosseguiu Bivar.
Leia a íntegra da mensagem, obtida pelo Metrópoles:
“Amigos e amigas, vocês gostariam de ver o Moro fora da política definitivamente?
Era o que o Podemos estava fazendo de forma sorrateira, tirando dele toda a capacidade de prosseguir com sua candidatura sem nenhuma estrutura. Tudo o que lhe fora prometido foi logo depois das pesquisas decrescentes negado e boicotado e ele ficou à própria sorte.
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Outra pergunta que não quer calar:
Vocês acham que o Moro, com todo o seu tirocínio e capacidade invulgar de avaliação, com dotes intrínsecos de quem teve uma longa vida de magistrado com completo sucesso, deixaria-se ‘envolver’ para mudar de partido sem analisar profundamente todos os cenários, com seus riscos e possibilidades?
Ao tomar sua decisão ele estava ciente de que em nenhum momento a legenda para a disputa presidencial lhe fora prometida.
O que foi conversado e prometido foi abertura para sua contribuição na construção de uma alternativa à polarização e, claro, a opção de candidatar-se em São Paulo para o cargo que quiser, onde certamente terá sucesso.
No nosso entender, o Sérgio Moro é uma pérola surgida nesse árido mundo politico e, como brasileiros, poderemos tê-lo no comando num futuro próximo.
Por isso é que o UNIAO BRASIL abriu suas portas para Moro, investindo nesse futuro.
Sei que essas eleições serão cruciais, pois estamos diante de opções terríveis. Espero resistirmos a essa polarização maléfica e faremos de tudo que estiver ao nosso alcance para não permitir que tamanho desastre político ocorra no nosso país.
Recebi convite de reunir-me de forma presencial com os senhores para discutirmos a situação e dirimir qualquer dúvida.
Que Deus proteja o UNIÃO BRASIL nesse momento.
Nós, que integramos o partido, nos recusamos a desistir de construir uma via alternativa.
E assim o faremos. Podem apostar.”
Créditos: Metrópoles