
Aldemir Pessoa é investigado pela morte da ex-mulher, em 2019. Três anos depois, ele é suspeito de dar tapas na atual companheira.

Advogado acusado de feminicídio é suspeito de nova agressão
O advogado Aldemir Pessoa, acusado de matar a empresária Jamile de Oliveira, está sendo investigado por uma nova agressão. A vítima seria a atual namorada dele, que também é advogada e denunciou as ações. A nova vítima denunciou as agressões em um boletim de ocorrência na Delegacia de Defesa da Mulher.
Segundo as investigações, ele teria dado tapas na atual companheira durante uma discussão. Conforme testemunhas, o homem teria, inclusive, tentando matar a mulher espancada, mas foi impedido por policiais. A TV Verdes Mares, filiada da Rede Globo no Ceará, procurou a defesa de Aldemir Pessoa, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.
A mãe da atual namorada de Aldemir foi quem percebeu um comportamento estranho na filha, quando notou que ela passou a usar maquiagem de maneira mais pesada, mais intensa.
A advogada pediu uma medida protetiva em favor dela e da própria mãe — que também sofria ameaças de Aldemir Pessoa, de acordo com informações policiais.
Morte de Jamile
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O advogado Aldemir Pessoa Júnior é suspeito de matar a namorada, Jamile Correia — Foto: Arquivo pessoal
A empresária morreu em 31 de agosto de 2019 após sofrer um tiro e ser levada ao Instituto Dr. José Frota (IJF). Ela faleceu um dia após dar entrada no hospital por complicações do ferimento por arma de fogo. O caso era tratado como suicídio até a Polícia Civil começar a investigação e levantar a tese de homicídio. A defesa de Aldemir argumentou que houve suicídio.
Em agosto de 2020, a Procuradoria-Geral de Justiça decidiu que o advogado deveria ser acusado pelo crime de feminicídio e os demais correlatos. Até aquele momento, havia tido entendimentos distintos entre membros do Ministério Público do Ceará (MPCE) e, por isso, a definição foi tomada pelo procurador-geral.
O MP considerou que houve feminicídio com o agravante de ter sido realizado na presença do filho da empresária. Com relação à lesão corporal, o órgão argumenta que Aldemir agrediu Jamile antes de tê-la matado. Além disso, ele teria tentado atrapalhar a investigação, o que rendeu a denúncia por fraude processual.
De acordo com o órgão ministerial, o advogado portou armas de fogo dentro e fora de casa, ainda tendo guardado os armamentos na casa de uma outra pessoa.
Por g1 CE